
Esse sou eu... Com uma foto "photoshopada" muito mal feita com uns efeitos meia boca... Mas sou eu, fazendo cara de... de... de mim mesmo, só que tirando onda... Nem tanto... Quase tirando onda... Deixa pra lá... Vamos falar de algo interessante... "ME". To morto de casaço, 36 horas sem dormir... Hoje passei o dia todo com meu amor. A minha pobre réplica de Stradivarivs, Faciebat anno 1719. Dois ensaios, somente um concretizado... Uma aula de violino com meu segundo papai, Alexandr Cichilov, como sempre no Teatro Castro Alves. Depois da aula resolvi dar uma estudada pra revisar tudo que ele passou... E o mais emocionante do dia... ouço um espirro no teatro e estranho por que ninguém tava lá hoje... Quando guardo o violino rapidamente e vou sair, a porta tá trancada... Só pude pensar em manter o controle... afinal, não deve ser tão ruim dormir sábado e domingo lá só tomando água e café (obs.: não tomo café), tinha esquecido meu kit de sobrevivência na selva, mas pelo menos tava com meu violino, e poderia fazer tudo que sempre sonhei já que não tinha ninguém lá, como dormir no chão do teatro e apertar o gatilho do extintor. Quando vejo se a sala da coordenação estava aberta pra tentar ligar pra alguém me tirar de lá, noto que a porta estava fechada... Ficando um pouco nervoso, vou tentando pensar, olhando tudo em volta... Vou ver as portas do fundo que dão acesso a um lugar que não sabia qual era, só sabia que tinha acesso também ao elevador de carga, mas aquilo me dá tanto medo, nem sei aonde ia parar com aquilo, preferia dormir lá mesmo a entrar naquilo... Vejo a porta dos fundo e parecia trancada, fico louco... Num tinha nenhuma maneira de sair de lá, além de ficar piscando as luzes pra alguém ver e me tirar, mas quem ia passar naquele piso se só tem o setor que eu tava e ainda trancado? Sem contar que não tinha acesso ao interruptor... Algo me dizia pra ver a porta dos fundos de novo, e fui verificar, quando vejo ela só estava emperrada, consegui sair, mas não sabia o que fazer... Sabia que tinha acesso para o palco, mas só tinha acesso pra lá em cima no controle dos holofotes, e o medo que eu tenho de altura... Eu desmaiaria se tivesse que descer uma escada vertical de uns dois, três andares, Se é que tinha escada pra descer pro palco), decidi deixar a saída pro palco de lado, e continuo seguindo o corredor que só escurecia, e tudo fazia barulho, tava tremendo de medo, afinal tava tudo escuro e nunca tinha ido naquele lugar... ai cheguei à uma porta grande (tipo um portão de garagem), resolvi entrar ali, mas tudo se mexia, quase que saio correndo... Ai consegui tomar coragem e abrir a porta, vejo uns canos e um espelho enorme identifiquei ser a sala do ballet, não havia ninguém, até que fiquei um pouco tranquilo por ouvir vozes (não... não era a minha cabeça :D), ai passo tentando ser o mais silencioso possível e passo por uma sala com duas mulheres que conversavam, nunca vi tanto medo na expressão de alguém ao vê-las me olhando. Ai consigo entrar no elevador e sair no mesmo pátio que sairia pelo outro elevador, o mesmo corredor que aquela porta que tava trancada dava acesso. E sobrevivi... Mais uma prova que Deus existe, se fosse um outro momento, e uma outra pessoa que com um caráter, não tão "sangue frio" quanto eu em horas difíceis, se desesperaria... E a saga termina ai... Quem sabe um outro dia acontece algo tão interessante quanto isso, quem sabe na semana que vem, tranquem a porta dos fundos também, e eu possa acampar no teatro, sobrevivendo a base de água e café. Isso é tudo pessoal... Se algum outro alguém quiser me ver tocar "Café 1930" (falando em café), vou tocar no teatro ACBEU, dia 14, terça feira. 6 reais o ingresso, não vai ser grandes coisas, mas deve ser divertido.
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